Moda na Grécia Antiga
Primeiro para falarmos como a moda grega influenciou a moda até os dias atuais, precisamos compreender de fato, como eram as vestimentas em tal época. De alguma forma, a filosofia estava interligada com o valor estético, a sociedade grega acreditava na harmonia da simetria do lado direito e esquerdo do indivíduo.
Isso pode ser visto pelos cortes retangulares de suas vestimentas, nos quitóns que são túnicas de linho curtas usada pelos homens e as mulheres, o drapejamento era um detalhe fundamental e isso era feito com broches nos ombros, agulhas chamadas de fíbula em baixo dos braços e cordas e cintos ao redor da cintura. Quando a túnica cobria apenas um dos ombros, era chamada de exomide. Eles utilizavam o pharos, uma roupa complementar como proteção contra o frio, como um xale. O himation tinha o mesmo propósito, porém era um tecido maior de lã que cobria todo o corpo. Para as crianças e jovens, suas túnicas iam até os joelhos para melhor movimentação na cidade.
Engano popular ocorre até os dias atuais, onde acredita-se que os gregos utilizavam vestes brancas, por causa das esculturas em mármore. Não é necessariamente uma mentira, já que durante o período arcaico as pessoas comuns eram proibidas de usar quitóns e himations vermelhos em lugares públicos. Talvez por isso historiadores acreditam que pessoas ricas vestiam túnicas coloridas e os pobres usavam apenas túnicas brancas, porém isto é contraditório com as escrituras em Homero, onde se fala de forma comum de roupas extravagantes, tecidas em fios prateados ou dourados. Bordas mais complexas ilustravam temas desde animais, pássaros e peixes, a cenas complexas de batalhas. Os fios coloridos desses bordados pareciam ser ilimitados. Heródoto menciona amarelo, violeta, índigo, vermelho e roxo em um único traje.
Os guerreiros gregos, conhecidos como hoplitas, eram bastante vistosos. Iam para a batalha em armadura de bronze colada ao corpo ou de linho coberta com escamas, protetores bucales de bronze chamados "torresmos" e um capacete de bronze. O capacete era polido para dar um acabamento de espelho ou pintado em cores brilhantes e decorado com uma crista de pelo de cavalo. Embaixo da armadura, o guerreiro usava um quiton azul ou vermelho. Eles criavam uma vista impressionante enquanto marchavam para a batalha no brilhante sol do Mediterrâneo.
Penteados
Já em torno de 300 à 150 a.C, o sucesso entre os gregos eram os fios de cabelo mais claros, isso era possível com açafrão. A barba tinha relação com a estética dos Deuses Zeus e Hefesto, eles tinham barba em suas representações como sinal de coragem e experiência.
Acessórios
As mulheres gostavam de enfeitar-se excessivamente com jóias, brincos, colares, anéis, pulseiras até nas pernas. Por isso as cidades-estado começaram a intervir e criar leis suntuárias para a fiscalização o vestuário e o comportamento das pessoas.
Abaixo, algumas das joias da Grécia Antiga que estão em exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York (clique no título das imagens para ver em alta resolução):
Os penteados eram importantes, tanto para as mulheres como para os homens, não apenas pelo ritual de beleza, mas também pela distinção familiar e faixa etária. Durante 1500 à 650 a.C, homens e mulheres de todas as idades usavam cabelos longos, e mais tarde apenas os jovens usavam mais compridos, os mais velhos preferiam mais curtos e com penteados elaborados com nó grego. Fios frisados e tranças ornamentadas faziam parte da estética durante 500 à 350 a.C.
Acessórios
As mulheres gostavam de enfeitar-se excessivamente com jóias, brincos, colares, anéis, pulseiras até nas pernas. Por isso as cidades-estado começaram a intervir e criar leis suntuárias para a fiscalização o vestuário e o comportamento das pessoas.
Abaixo, algumas das joias da Grécia Antiga que estão em exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York (clique no título das imagens para ver em alta resolução):
Período: Helenístico
Época: 330-300 a.C
Este grupo de jóias é dito ser de Madytos no lado europeu do Helesponto. O diadema de ouro é ricamente trabalhado em repoussé com um padrão floral elaborado. Dionísio, o deus do vinho, e sua esposa Ariadne sentam-se no centro, musas tocam instrumentos musicais entre vinhas ao longo do diadema. A figura minúscula de uma musa que joga uma lira aparece também acima da forma crescente em cada um dos brincos em forma de barco. Os pingentes de semente dos brincos são idênticos aos do colar elaborado.
Período: Helenístico
Época: 200 a.C
Esses imponentes braceletes representam dois tritões, macho e fêmea, cada um segurando um pequeno Eros alado. Os aros atrás das cabeças dos tritões eram usados para prender as braçadeiras às mangas de uma peça de vestuário, pois de outra forma, seu peso teria feito com que deslizam para baixo os braços.
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